Estamos vivendo um momento histórico na política brasileira: a população está dividida nos que apoiam ou não o governo e ambos os lados estão indo às ruas para expor seu posicionamento. Redes sociais também estão sendo usadas para esse tipo de manifestação, todos os dias usuários compartilham suas opiniões não só sobre política como muitos outros assuntos. Porém, estamos falando de perfis particulares, e não de empresas. Será que elas também devem se posicionar?

Recentemente o Habib’s causou polêmica com uma série de ações com conotação política. Primeiro lançou a campanha “Fome de mudança” que trazia frases como: “Quero meu país de volta” e “Brasil, um filho teu não foge à luta”, mensagens que incentivavam os brasileiros a irem às ruas e lutarem pelo país. Em seguida, às vésperas da votação que decidiria o parecer da Câmara dos Deputados quanto ao Impeachment da presidente Dilma Rousseff, a rede de lanchonetes divulgou um comercial que brincava com um possível impeachment. A marca não sofreu boicotes e tampouco teve uma repercussão negativa.

No caso do Habib’s, a atitude deu certo. Mas não se pode tomá-la como regra,, já que estamos falando de um país com milhões de pessoas que estão divididas entre opiniões. Nas redes sociais você consegue lidar diretamente com seu público e a maior parte do que for postado será visto por eles, que podem ou não compartilhar da sua opinião. Antes de se manifestar dessa forma, procure observar bem seu público alvo e descobrir se isso não irá ofendê-los ou causar algum desconforto. Se a resposta for sim, talvez seja melhor repensar o seu planejamento.

Nos Estados Unidos é muito comum esse tipo de manifesto, a atitude não choca tanto quanto aqui no Brasil. Se você realmente quiser tomar partido em alguma questão, tenha consciência do que isso pode acarretar para a sua empresa: desde diversos comentários ofensivos até mesmo um boicote.

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